A DOR é inevitavel, já o SOFRIMENTO é opcional

A DOR é inevitavel, já o SOFRIMENTO é opcional

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

POR QUE OS BARÕES DO CAFÉ (Paulistas) E DA EDUCAÇÃO SÃO CONTRA O HADDAD E O ENEM

O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Stanley Burburinho, o reparador de iniquidades (quem será Stanley Burburinho ?):
SOBRE O HADDAD TENHO ALGUMAS INFORMAÇÕES:


·         o método tri: “onu: metodologia aplicada no enem garante isonomia  mesmo que prova seja reaplicada” – http://migre.me/2anXJ

·         Em 2004, o Enem foi aplicado na Febem pela primeira vez – http://migre.me/27jKd
·         Haddad de 2007 a 2010, em todo o país, já fechou 20 mil vagas em cursos de Direito com avaliação ruim. Barões da educação perderam milhões. Haddad na educação superior à distância, de 2008 a 2010, fechou 3.800 pólos de apoio presenciais inadequados e suspendeu 20 mil vagas. A educação superior à distância é a mina de ouro para os barões por causa escala: baixo custo e possibilidade de aumentar nº de alunos sem precisar de grande infra-estrutura.
·         Os barões não se conformam com regulação na educação à distância. Eles pensavam que o Haddad não mexeria nisso.
·         Na gestão Haddad implantou-se o mais profícuo projeto de EAD público da história, a Universidade Aberta do Brasil (UAB)
·         Meta de Haddad é 50% com ensino superior nos próximos anos. Educação reduz a manipulação pela velha imprensa.
·         Os barões não perdoam o Haddad por isto: “MEC mostra problemas no ensino a distância” -http://youtu.be/E-ByqHDeWK4
·         Haddad revogou a DRU (Desvinculação das Receitas da União), criada por FHC e Paulo Renato, que surrupiou, desde 95, 10 bilhões da educação por ano.

·         Haddad criou o FUNDEB. Fundo que financia não só a educação fundamental como no tempo do Paulo Renato, mas também à educação infantil e educação média.

·         Todos os relatórios de organizações internacionais mostram que o Brasil avançou muito nesta década em educação. Isso incomoda.
·         Nunca houve tantos concursos para professores das universidades federais, graças à expansão do REUNI.
·         Haddad criou o SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) que permite a regulação do setor. O SINAES permite fechar cursos. Sistema privado odeia o SINAES.
·          Haddad fechou cursos à distância da Unicid por falta de qualidade. Deputados não gostaram. Unicid contribui PARA campanhas.
·         Haddad foi o mentor do PROUNI. Foi idéia dele com a esposa quando ele ainda era Secretário Executivo (Vice) do Tarso Genro.
·         Em 2002, as receitas brutas da maior empresa de bebidas do Brasil (AMBEV), e da 2º mineradora do mundo (VALE), estavam pouco abaixo das receitas obtidas no setor de educação privada.
·         Em 2002, as quatro maiores empresas de transporte aéreo juntas, na época, (VARIG, TAM, GOL, VASP), tiveram receita bruta inferior à receita do setor privado de educação superior.
·         Na era FHC, Paulo Renato causou atraso de uma década na educação, diz deputado -http://migre.me/25NeO
·         Paulo Renato distorceu a Lei Darcy Ribeiro. Confundiu “progressão continuada” com “formação de analfabetos”
·         Em 1995, FHC assume e cria a “aprovação automática”. Menos repetentes, mais vagas sem gastar nada.
·         Sessenta países membros da OCDE submetem os estudantes ao ENEM – lá conhecido como teste PISA.
·         Na gestão Haddad, o FIES passou a dispensar fiador. E, se o aluno cursar Medicina ou se tornar professor de escola pública não paga o financiamento – o Estado paga tudo -http://migre.me/26s39
·         Para o ano que vem, o Haddad estabeleceu que o ENEM também será critério para receber financiamento do FIES- http://migre.me/24vxA
·         Institutos federais também usam o ENEM. Previsão de 83 mil vagas públicas para este ano.
·         Com avaliação mais rigorosa, Haddad fechou milhares de vagas de faculdades particulares. Faculdades particulares odeiam o Haddad.
·         Haddad fez o IDEB que deu transparência à avaliação da educação básica. Cada município tem IDEB. Tem prefeito que odeia Haddad por conta dessa transparência.
·         Haddad fechou cursos à distância da universidade Castello Branco por falta de qualidade.
·         Um dos mais recentes embates de Haddad, contra a mercantilização da educação, foi com o todo poderoso Di Genio, do Objetivo.
·         Haddad criou a universidade aberta do Brasil com mais de 200 mil alunos estudando graduação à distância de graça
·         Haddad foi quem começou a distribuição de livros didáticos para o ensino médio em 2005. Antes era só para o ensino fundamental
·         Haddad criou 214 escolas técnicas e as transformou em institutos federais com cursos de graduação e pós-graduação. Especialmente licenciaturas para formar professores.
·         Haddad aumentou o orçamento do MEC de 19 bilhões para 70 bilhões em 2011.
·         Haddad estendeu o ensino obrigatório para nove anos e agora é obrigatório dos quatro aos dezessete anos. Emenda Constitucional.
·         Haddad criou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) com compromisso de metas de qualidade até 2022, firmado por todos os prefeitos e governadores do Brasil. Acordo histórico.
·         Haddad melhorou o IDEB do Brasil de 3.8 para 4.6 em quatro anos. Objetivo é chegar a seis em 2022 (média dos países da OCDE: mais ricos).
·         Haddad mais que dobrou o nº de vagas de ingresso nas universidades federais. De 113 mil para 270 mil.
·         Em 2009, número de novos alunos aumentou 17% em relação a 2008. E os formandos até 2008 são reflexos dos ingressos nas Federais até 2002.
·         A aprovação automática do Paulo Renato inflou índices na Educação Básica, esvaziou salas e dispensou novos investimentos.
·         Análise do Fernando Rodrigues da Folha de São Paulo: “Após Enem, chance de Haddad ficar no governo Dilma é quase zero” – http://migre.me/27HdT
·         OBS: O Haddad não ficará como Ministro da Educação nos próximos quatro anos do governo da Dilma porque em 2013 ele será o Prefeito de São Paulo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AULA DO CAPITALISMO CONTEMPORANEO

Emir Sader
30/11/2010
Os EUA se tornaram uma potência imperial na disputa pela sucessão da Inglaterra como potência hegemônica, com a Alemanha. As duas guerras mundiais – tipicamente guerras interimperialistas, pela repartição do mundo colonial entre as grandes potências, conforme a certeira previsão de Lenin – definiu a hegemonia norte-americana à cabeça do bloco de forças imperialistas.
No final da Segunda Guerra, os EUA tiveram que compartilhar o mundo com a URSS – a outra superpotência, não por seu poderio econômico, mas militar, que lhe dava uma paridade política. Foi o período denominado de “guerra fria”, que condicionava todos os conflitos em qualquer zona do mundo, que terminavam redefinidos no seu sentido no marco do enfrentamento entre os dois grandes blocos que dominavam a cena mundial.
Nesse período os EUA consolidaram seu poderio como gendarme mundial, poder imperial que tinha se iniciado na América Latina e o Caribe e que se estendeu pela Europa, Ásia e África. Invasões, ocupações, golpes militares, ditaduras – marcaram a trajetória imperial norte americana. Montaram o mais gigantesco aparelho de contra inteligência, acoplado a um monstruoso aparato militar.
Terminada a guerra fria, com a desaparição de um dos campos e a vitória do outro, esses mecanismos não foram desmontados. A OTAN, nascida supostamente para deter o “expansionismo soviético”, não foi desmontada, mas reciclada para combater os novos inimigos: o “terrorismo”, o “islamismo”, o “narcotráfico”, etc.
Os documentos publicados confirmam tudo o que os aparentemente paranoicos difundiam sobre os planos e as ações dos EUA no mundo. Eles são a única potência global, aquela que tem interesses em qualquer parte do mundo e, se não os tem, os cria. Que pretende zelar pela ordem norte americana no mundo, a todo preço – com ameaças, ataques, difusão de noticias falsas, ocupações, etc., etc.
Qualquer compreensão do mundo contemporâneo que não leve em contra, como fator central a hegemonia imperial norte americana, não capta o essencial das relações de poder que regem o mundo. A leitura dos documentos é uma aula sobre o imperialismo contemporâneo.
Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP – Universidade de São Paulo.
http://revelandoosilencio.blogspot.com/

terça-feira, 30 de novembro de 2010

OS ESTRAGA-PRAZERES DE NOSSA SOCIEDADE “PERFEITA”

OS ESTRAGA-PRAZERES DE NOSSA SOCIEDADE “PERFEITA”
por Roberto Locatelli,
Essa conversa de que “é preciso prender os bandidos” é cortina de fumaça. O que é preciso é combater o crime. Qual é a diferença? É uma diferença de visão entre esquerda e direita. Maluf passou décadas dizendo, com aquela voz anasalada: – No meu governo, os bandidos iam para a cadeia. Eu ponho a ROTA  na rua para prender os bandidos.
Zé Bolinha de Papel e os seus pares vivem dizendo que vão aumentar a segurança aumentando o número de policiais “nas ruas”. A questão é que a direita nos tenta passar a visão de que a sociedade é perfeita e que os bandidos são uma espécie de alienígenas que sentem prazer em cometer roubos e assassinatos. Os filmes estadunidenses nos impingem “ad nauseum” essa ótica. Os quadrinhos também. Por que os irmãos Metralha são bandidos? Porque são malvados por natureza, segundo a lógica dos gibis.
Ou seja, a sociedade é uma engrenagem maravilhosa e linda, com cada cidadão feliz e contente, seja ele rico, pobre ou miserável. Então, uns sujeitos desajustados e malvados resolvem atrapalhar tudo, entrando numa vida de crimes. Temos que matá-los ou prendê-los, e seremos felizes para sempre. Assim, basta chamar o Capitão Nascimento e matar os bandidos. Os que não forem mortos, que sejam trancafiados e que se jogue a chave fora.
A parte que está faltando dessa história é que o crime é produto da sociedade capitalista, já doente nessa fase de decadência imperialista.
Assim: * O bandido suborna o policial; * O adolescente de classe média alta – aquele mesmo que espanca homossexuais – compra maconha, cocaína e ecstasy dos traficantes; * O pobre se presta a ser “mula” ou trabalhar na produção de drogas por não ver outra perspectiva; * Alguns juízes são ligados aos grandes criminosos, que não estão nas favelas, mas no Leblon e em Higienópolis, em suas mansões. Estes, por sua vez, são os chefes dos chefes que moram nas favelas.
A solução passa por: * Dar uma vida digna aos policiais. Eles não podem usar botas com sola furada, como uma reportagem mostrou anos atrás; * Intensificar as políticas sociais, que dão perspectiva aos que não tinham perspectiva; * Fazer obras de infraestrutura nas comunidades carentes, impedindo que as favelas sejam um Estado paralelo. Isso está sendo feito no Rio, mas de modo muito embrionário; * Aumentar os efetivos da Polícia Civil, que vai atrás dos grandes criminosos, dos peixes grandes.
Nesses episódios de violência no Rio, há um cérebro por trás. De quem? Prender os peixes pequenos ajuda, sim, mas pegar os grandes traficantes – que não moram na favela, repito – é fundamental.
O governador Cabral tem feito algumas coisas boas, como as obras do PAC nas favelas e as UPPs. Mas faltou material humano de qualidade. Muitos policiais, infelizmente, devido aos salários baixíssimos, se deixam levar pela tentação de ganhar dinheiro fazendo parte de milícias ou se vendendo ao tráfico. Por que Cabral não preparou esse material humano antes? Além disso, Cabral – e todos os governadores – não ataca a questão central: quem são os cabeças? Em quais bairros “nobres” eles moram? E, por fim, uma questão FUNDAMENTAL: é preciso descriminalizar as drogas.
E, por favor, nada de falsos moralismos.
Cigarro é droga pesada e está legalizado. Álcool é droga pesada e está legalizado. Cafeína é droga pesada – é da família dos alcalóides – e está legalizada. Toma-se cafezinho em qualquer barzinho de esquina, nas barbas da polícia!! Aliás, até eles consomem essa droga pesada! Sou contra o uso de drogas, inclusive as legalizadas. Mas sou contra a criminalização das drogas. Acho que seria muito melhor que as drogas hoje ilegais fossem produzidas regularmente como as drogas já legalizadas. E que a sociedade seja informada e discuta os efeitos ruins dessas drogas.
Mas essa legalização demorará muito, pois os traficantes são contra, a polícia é contra, os juízes são contra e os políticos são contra. Continuaremos seguindo assim: as drogas são consumidas, geram dinheiro, que financia armas, as quais geram violência.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

DESMORALIZANDO O ENEM?

DESMORALIZANDO O ENEM?
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!


As 5 (cinco) famílias, donas da mídia tupiniquim, exclusivas detentoras da liberdade de expressar-se para a nação brasileira realizaram uma cruzada factual, desleal e imparcial contra o ENEM, sem precedentes como nunca dantes.

Injuriar, difamar e caluniar, já faz parte do cotidiano da nossa imunda mídia, assim como nas eleições na cobertura pós-ENEM, usaram e abusaram do desinformar.  Ao criticarem as falhas do ENEM/2010, incorporaram o sumiço das provas da gráfica da FOLHA-SP, em 2009. Como se a gráfica não fosse a responsável pela fraude. Será que o INEP, mesmo pagando pelo serviço de impressão, era também responsável pela guarda e sigilo do material impresso em poder da gráfica. Como foi comprovado e revelado no inquérito da Policia Federal.

As falhas reconhecidas,  na impressão assumidas pela gráfica, ocorreram, no Distrito Federal, Sergipe, Pernambuco,  Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina mas coube ao Judiciário cearense, tentar suspender o ENEM. Baseado em que, substancialmente? Pelo tom que ganhou o fato, de 3º turno da eleição presidencial, qualquer motivação vingativa de poderosos perdedores, não será coincidência.

As inúmeras denuncias outras, apresentadas não passaram de meros “fogo de palha”, rotineiramente presente em quase todos os concursos públicos. Imagino que advoguem para realizar concurso publico no Brasil, a Universidade privada,  Gama Filho do Rio de Janeiro, que aprovou um candidato analfabeto em seu vestibular. É no que dá a ética do lucro, A tão propalada regulação do mercado. A velha e surrada ideologia “Udenista”, sempre presente e útil as elites desde a ascensão dos Barrões do Café em 15/11/1889, em represália a abolição da escravatura (13/05/1888). Pelo poder e lucro,  “tudo pode”.

Priorizaram a defesa do direito de igualdade, e ignoraram o direito da proporcionalidade. Como se o direito de 0,04% dos candidatos, fossem mais relevantes que o de 99,96%, talvez porque o índice reflete a mesma proporção do índice de concentração de renda das famílias donas da mídia, em relação aos candidatos do ENEM.

Vestibular só existe no Brasil, e não qualifica, apenas seleciona, mas deu origem a uma gordurosa indústria de serviços, com lucros coloniais. Pra inglês e norte-americano ficarem babando.

E evidente que o ENEM precisa ser aperfeiçoado. Em vez de uma seleção, varias, não obrigatórias, para reduzir a tensão emocional do exame. Para driblar os efeitos dos imprevistos de ultima hora  que se aproveite o melhor dos resultados. Outra providencia que se faz necessária é a não obrigatoriedade de responder todas questões, com punição para as respostas erradas e anistia para as não respondidas. O fim do chutometro.

Imprescindível o uso de critérios para avaliar e certificar-se da capacidade  técnica dos fiscais e coordenadores. Em vez do aproveitamento compulsório de quadros dos realizadores do certame, quer seja das Universidades, ou das respectivas Secretarias Estaduais de Educação. Pelo fim da rede de privilégios, que seja ofertado o conteúdo aos candidatos a execução do exame e procedida a avaliação.

sábado, 13 de novembro de 2010

ENEM DISCUTIDO POR COMENTARISTA ESPORTIVO

SÓ NO BRASIL A EDUCAÇÃO É DISCUTIDA POR COMENTARISTA ESPORTIVO
Nicolelis
Posted By Conceição Lemes On 12 de novembro de 2010 @ 20:58 In Entrevistas |

por Conceição Lemes


Desde o último final de semana, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Ministério da Educação (MEC) estão sob bombardeio midiático.
Estavam inscritos 4,6 milhões estudantes, e 3,4 milhões  submeteram-se às provas.  O exame foi aplicado em 1.698 cidades, 11.646 locais e 128.200 salas.  Foram impressos 5 milhões de provas para o sábado e outros 5 milhões para o domingo. Ou seja, o total de inscritos mais de 10% de reserva técnica.
No teste do sábado, ocorreram  dois erros  distintos. Um foi assumido pela gráfica [1] encarregada da impressão. Na montagem, algumas provas do caderno de cor amarela tiveram questões repetidas, ou numeradas incorretamente ou que faltaram. Cálculos preliminares do MEC indicavam que essa falha tivesse afetado cerca de 2 mil alunos. Mas o balanço diário tem demonstrado, até agora, que são bem menos: aproximadamente 200.
O outro erro, de responsabilidade do Inep, foi no cabeçalho do cartão-resposta. Por falta de revisão adequada, inverteram-se os títulos. O de Ciências da Natureza apareceu no lugar de Ciências Humanas e vice-versa. Os fiscais de sala foram orientados a pedir aos alunos que preenchessem o cartão, de acordo com a numeração de cada questão, independentemente do cabeçalho. Inep é o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais, órgão do MEC encarregado de realizar o Enem.
“Nenhum aluno será prejudicado. Aqueles que tiveram problemas poderão fazer a prova em outra data”, tem garantido desde o início o ministro da Educação, Fernando Haddad. “Isso é possível porque o Enem aplica  a teoria da resposta ao item (TRI), que permite que exames feitos em ocasiões diferentes tenham o mesmo grau de dificuldade.”
Interesses poderosos, porém, amplificaram ENORMEMENTE os erros para destruir a credibilidade do Enem. Afinal, a nota no exame é um dos componentes utilizados em várias universidades públicas do país para aprovação de candidatos, além de servir de avaliação parabolsa do PRO-UNI.
“Só os donos de cursinhos e aqueles que não querem a democratização do acesso à universidade podem ter algo contra o Enem”, afirma, indignado, ao Viomundo o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke, nos EUA, e fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte. “Eu vi a entrevista do ministro Fernando Haddad ao Bom Dia Brasil, TV Globo. Que loucura!  Como  jornalistas  que num dia falam de incêndio, no outro, de escola de samba, no outro, ainda, de esporte, podem se arvorar em discutir um assunto tão delicado como sistema educacional? Pior é que ainda se acham entendedores. Só no Brasil educação é discutida por comentarista esportivo!”
Nicolelis é um dos maiores neurocientistas do mundo. Vive há 20 anos nos Estados Unidos, onde há décadas existe o SAT (standart admissions test) [2], que é muito parecido com o Enem. Tem três filhos. Os três já passaram pelo Enem americano.
Viomundo — De um total de 3,4 milhões de provas aplicadas no sábado, houve problema incontornável em menos de 2 mil. Tem sentido detonar o Enem, como a mídia brasileira tem feito? E dizer que o Enem fracassou, como um ex-ministro da Educação anda alardeando?
Miguel Nicolelis — Sinceramente, de jeito algum — nem um nem outro. O Enem é equivalente ao  SAT [3], dos Estados Unidos. A metodologia usada nas provas é a mesma: a teoria de resposta ao item, ou TRI, que é uma tecnologia de fazer exames.  O SAT foi criado  em 1901. Curiosamente, em outubro de 2005, entre as milhões de provas impressas, algumas tinham problema na barra de códigos onde o teste vai  ser lido.  A entidade que  faz o exame não conseguiu controlar, porque esses erros podem acontecer.
Viomundo — A Universidade de Duke utiliza o SAT?
Miguel Nicolelis — Não só a Duke, mas todas as grandes universidades americanas reconhecem o SAT. É quase um consenso nos Estados Unidos. Apenas uma minoria é contra. E o Enem, insisto, é uma adaptação do SAT, que é uma das melhores maneiras de avaliação de conhecimento do mundo. O teste é a melhor  forma de avaliar uniformemente alunos submetidos a diferentes metodologias de ensino. É a saída para homogeneizar a  avaliação de estudantes provenientes de um sistema federativo de educação, como o americano e o brasileiro,  onde os graus de informação, os métodos, as formas como se dão, são diferentes.
Viomundo — Qual a periodicidade do SAT?
Miguel Nicolelis –  Aqui, o exame é aplicado sete vezes por ano. O aluno, se quiser, pode fazer três, quatro, cinco, até sete, desde que, claro, pague as provas. No final, apenas a melhor é computada. Vários estudos feitos aqui já demonstraram que o SAT é altamente correlacionado à capacidade mental geral da pessoa.
Todo ano as provas têm uma parte experimental. São questões que não contam nota para a prova. Servem apenas para testar o grau de dificuldade. Assim, a própria criançada vai ranqueando as perguntas, permitindo a ampliação do banco de questões. Outra peculiaridade do sistema americano é a forma de corrigir a prova. É desencorajado o chute.
Viomundo — Explique melhor.
Miguel Nicolelis — Resposta errada perde ponto, resposta em branco, não. Por isso, o aluno pensa muito antes de chutar, pois a probabilidade de ele errar é grande. Então se ele não sabe é preferível não responder do que correr o risco de responder errado.
Viomundo –  Interessante …
Miguel Nicolelis – Na verdade,  o SAT é  maneira  mais honesta, mais democrática de avaliar pessoas de  lugares diferentes, com sistemas educacionais diferentes,  para tentar padronizar o ingresso. Aqui, nos EUA, a molecada faz o exame e manda para as faculdades que quer frequentar. E as escolas decidem quem entra, quem não entra. O SAT é um dos componentes para essa avaliação.
Viomundo — Aí tem cursinho para entrar na faculdade?
Miguel Nicolelis — Tem para as pessoas aprenderem a fazer o exame, mas não é aquela loucura da minha época. Era cheio de cursinho para todo lugar no Brasil. Cursinho  é uma máquina de fazer dinheiro.  Não serve para nada a não ser para fazer o exame. Por isso ouso dizer: só os donos de cursinho e aqueles que não querem democratizar o acesso à universidade podem ter algo contra o Enem.
Viomundo –Mas o fato de a prova ter erros é ruim.
Miguel Nicolelis — Concordo. Mas os erros vão acontecer.  Em 1978, quando fiz a Fuvest (vestibular unificado no Estado de São Paulo), teve pergunta eliminada, pois não tinha resposta.  Isso acontece desde o tempo em que havia exame para admissão [ao primeiro ginasial, atualmente 5ª série do ensino fundamental)  na época das cavernas (risos). Você não tem exame 100% correto o tempo inteiro.
Então, algumas pessoas estão confundindo uma metodologia  bem estudada, bastante conhecida e aceita há décadas,   com problemas operacionais que acontecem em qualquer processo de impressão de milhões de documentos. Na dimensão em que aconteceram no Brasil está dentro das probabilidade de fatalidades.
Viomundo -- Em 2009, também houve problema, lembra-se?
Miguel Nicolelis -- No ano passado foi um furto, foi um crime. O MEC não pode ser condenado por causa de um assalto, que é uma contigência e nada tem a ver com a metodologia do teste.
Só que, infelizmente, gerou problemas operacionais para algumas universidades, que não consideraram a nota do Enem nos seus vestibulares. Isso não quer dizer que elas não entendam ou nãoaceitam o teste. As provas do Enem são muito mais democráticas, mais  racionais e mais bem-feitas do que os vestibulares de qualquer universidade brasileira.
Eu fiz a Fuvest. Naquela época, era muito ruim. Não media nada. E, ainda assim, a gente teve de se sujeitar àquilo, para entrar na faculdade a qualquer custo.
Viomundo -- Fez cursinho?
Miguel Nicolelis -- Não. Eu tive o privilégio de estudar numa escola privada boa. Mas muitas pessoas que não tinham educação de alto nível eram obrigadas a recorrer ao cursinho para competir em condições de igualdade.
Mas o cursinho não melhora o aprendizado de ninguém. Cursinho é uma técnica de aprender a maximizar a feitura do exame. É quase um efeito colateral do sistema educacional absurdo que  até recentemente tínhamos no Brasil. É um arremedo. É um aborto do sistema educacional que não funciona.
Viomundo -- Qual a sua avaliação do Enem?
Miguel Nicolelis -- É um avanço tremendo, porque a longo prazo a repetição do Enem várias vezes por ano vai acabar com o estresse do vestibular. Você retira o estresse do vestibular. Na minha época, e isso acontece muito ainda hoje, o jovem passava os três anos esperando aquele "monstro". De tal sorte, o vestibular transformava o colegial numa câmara de tortura. Uma pressão insuportável. Um  inferno tanto para os meninos e meninas quanto para as famílias. Além disso,  um sistema humilhante, porque as pessoas que não podiam frequentar um colégio privado de alto nível sofriam com o complexo de não poder competir em pé de igualdade. Por isso os cursinhos floresceram e fizeram a riqueza de tanta gente, que agora está metendo o pau no Enem. Evidentemente  vários interesses estão sendo contrariados devido ao êxito do Enem.
Viomundo -- Tem muita gente pixando, mesmo.
Miguel Nicolelis -- Todo esse pessoal que pixa acha que sabe do que está falando.  Só que não sabe de nada. Exame educacional não é  jogo de futebol. Tem metodologia, dados, história. E olha que eu adoro futebol. Sempre que estou no Brasil, vou ao estádio para assistir ao jogos do Palmeiras [Ninguém é perfeito (rs)!] O Brasil fez muito bem em entrar no Enem. É o único jeito de  acabar com esse escárnio, com essa ferida que é o vestibular .
Viomundo — Nos EUA, não há vestibular para a universidade. O senhor acha que o Brasil seguirá essa tendência?
Miguel Nicolelis --  Acho que sim. O importante é o seguinte. O Brasil está tentando iniciar esse processo. Quando você inicia um processo dessa magnitude, com milhões fazendo exame,  é normal ter problemas operacionais de percurso, problemas operacionais. Isso faz parte do processo.
Nos Estados Unidos, as provas já são começam a ser feitas via internet. Como o Brasil em pouco tempo está avançando rapidamente, acredito que logo teremos várias provas por ano, como aqui [nos EUA, há sete, lembram-se?], e tudo por computador. O aluno se inscreve e, num dia e hora pré-determinados, vai com a sua senha a um terminal estabelecido — terá de se estabelecer uma rede –  acessa e faz a prova. Será um exame só para ele. Você elimina o risco de vazamento e economiza com a impressão de provas, que custa um dinheirão.
Nós estamos caminhando para o Enem ser a moeda de troca da inclusão educacional. As crianças vão aprender que não é porque elas fazem cursinho famoso da Avenida Paulista que elas vão ter mais chance de entrar na universidade. Elas vão entrar na universidade pelo que elas acumularam de conhecimento ao longo da vida acadêmica delas. Elas vão poder demonstrar esse conhecimento sem estresse, sem medo, sem complexo de inferioridade. De uma maneira democrática.  E, num futuro próximo, tanto as crianças de escolas privadas quanto as  de escolas públicas vão começar a entrar nesse jogo  em pé de igualdade. Aí,  sim vai virar jogo de futebol.
Futebol é uma das poucas coisas no Brasil em que o mérito é implacável. Joga quem sabe jogar. Perna de pau não joga. Não tem espaço. O talento se impõe instantantaneamente.
Educação tem de ser a mesma coisa. O talento e a capacidade têm de aflorar naturalmente e todas as pessoas têm de ter a chance de sentar na prova com as mesmas possibilidades.

Article printed from Viomundo – O que você não vê na mídia: http://www.viomundo.com.br
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[1] Um foi assumido pela gráfica: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16016:grafica-assume-erro-de-impressao-no-caderno-de-cor-amarela-da-prova&catid=222&Itemid=86
[2] SAT (standart admissions test): http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/sobre-psat-sat-e-os-criterios-das-universidades-nos-estados-unidos.html
[3] SAT: http://www.collegeboard.com/

ENEM - Tanto barulho porquê?

• Permite acesso unificado.

Paulista dos Jardins no mesmo nível dos Nortistas Uma grosseria inconcebível. Para quem desejava para os nordestinos “morte por afogamento” nas enchentes auto-prolongadas na Pauliceia.
 Que golpe!

É o fim de uma indústria de serviços com lucros coloniais.

Sem as privatizações. E ainda cortam esta deliciosa gordura. Nadica de nada.
Nem cristo aguenta tanta tortura.

Não precisa decorar. Basta calcular.

Acesso a soluções matemáticas sem necessidade dos privilegiados “bizus”, que antes só nós vendíamos.
Tem jeito não, abriram a senzala!

• Basta Interpretar. Engessar a linguagem, a uma variedade padrão é passado.
É o fim do privilegio do saber cotidiano. Como nos diferenciaremos?
Mataram o capataz!

A Historia é apresentada nas varias versões?
A versão construída e imposta por décadas será apresentada, mas com certeza, será ridicularizada. Vão expor nossas mazelas.
Que horror!

• A Geografia inclui modo de Produção de alimentos, de Preservação do solo, Ecologia e distribuição de riquezas!

A exaltação de riquezas artificiais. O desejável o inalcançável, Coisas que a “plebe rude” morria de inveja , não mais será objeto de estudo. E agora como motivaremos seus desejos.
Urra.
  • Filosofia e Sociologia no ensino médio?
Isto é exclusividade das elites. Pra que pobre pensar. Pra não mais iludirmos que uma bolinha de papel, causa lesão cerebral.
Oh! que saudades do gênio FHC?
Aprovaram, mas vetamos.

Realmente 3 (três) surras, num ano só é dose pra elefante e Asiático.


Negro f.d.p. este nordestino Lula, só acerta na cabeça. O FHC congelou o ensino superior por 8 anos. Pensamos, tá facim, facim. No próximo nos apossamos. Vem um analfa, constrói 57 Univ. Federal e ainda mais esse ENEM.


Não é demais!

Negro f.d.p. este nordestino LULA!

O ESTADO DE SÃO PAULO dedica a capa e duas páginas – A15 e A16 a desmoralizar o ENEM.
Uma desmoralização arrasadora.
É porque 0,04% dos alunos VOLUNTARIAMENTE inscritos na prova talvez venham a refazê-la, por causa de uma troca do cabeçalho de alguns cartões de resposta.
0,04% ! Que horror! Maioria absoluta!
Foram 4,6 milhões de estudantes inscritos e talvez 2 mil tenham a possibilidade de refazer a prova.
Ontem, o UOL , o G1, o MSN bradaram o dia inteiro contra a “inépcia” do ENEM. A Folha (**), se entende. Ano passado (2009), as provas vazaram da gráfica da Folha, que foi afastada da concorrência deste ano.  Perseguição da “Ditadura da turma do PT”.
O Estadão se acha na obrigação, todo ano, de desmoralizar o ENEM. Como fez no ano passado, com a divulgação do vazamento. Por que o Estadão, a Folha, o Diario do Nordeste, o O POVO  e o TASSO são contra o ENEM ?
Ano passado, com o vazamento na gráfica da Folha, o PSDB, o DEM, e os antigos comunistas (PPS), célere, tiraram as universi-dades de seus Estados do ENEM para acentuar o “fracasso” do Governo Lula.  Qual é o problema deles com o ENEM ?
O Governo Fernando Henrique instituiu o ENEM, de brincadeira, para copiar o SAT americano: o vestibular único em todo o país, para facilitar o acesso às universidades federais e evitar o excesso de deslocamento de estudantes pelo país afora. Uma colherzinha de chá.
 O que tem a vantagem de baratear dramaticamente o sistema, e o bolso dos miseráveis.
 Antes, cada “coronel”, como agora,  faz o seu vestibular – aqueles que analfabetos eram aprovados -  e estimula a iniciativa privada , com os serviços do vestibular e os cursinhos e haja grana produzida pela emergente indústria de serviços. De Fernando Henrique para cá, o ENEM cresceu 30 vezes !
30 vezes, amigos.
Saiu de 157 mil inscritos em 98 para 4,6 milhões de hoje.
 É sempre assim. O Bolsa Família da D. Ruth atendia 4 (quatro) famílias. O do Lula, que virou “Bolsa Esmola”, atende 40 milhões.
O que é o ENEM ?  É o passaporte do pobre à universidade pública. A palavra Saudade não existe noutro idioma e VESTIBULAR, também. É por isso que a Elite brancosa  e coronelesca odeia o ENEM.
Porque esse negócio de pobre estudar é um problema. Fica com mania de grandeza, de autonomia. Pensa que pode mandar no seu destino.
 E não acredita mais na fita adesiva do “perito” Molina. Isso é um perigo. Pobre é para ficar na senzala.
50 universidades públicas federais aderiram ao ENEM.  E ainda vem mais por ai!
Isso significa que 47 mil vagas em universidades federais dependem do resultado do ENEM.
 Em 2004, um milhão de estudantes se inscreveu no ENEM.  Aí, o Lula e o Ministro Haddad resolveram estabelecer o ENEM como critério para entrar no Pro-Uni (para a elite brancosa  e coronelista não dizer que o ProUni é a “faculdade de pobre burro”).
 Sabe o que aconteceu, meu amigo ?
 O ENEM passou de um ano para o outro de um milhão para 2,9 milhões de inscritos.
Quanto pobre !
Para o ano que vem, o ministro Haddad estabeleceu que o ENEM também será critério para receber financiamento do FIES.
Vai ser outro horror !
A ELITE AGONIZANDO:
Um descalabro!  Tudo público. (nosso)! O pior e revelar nossos “podres”, tão bem acobertados. Tipo:
·         Que os salários, no nascedouro do capitalismo, eram tão aviltantes que os operários ingleses, quebravam as maqui-nas responsabilizando-as pelo “nova escravidão” emergente, o trabalho assalariado. A remuneração mensal por 12 horas de trabalho diário, mau comprava o SAL. Daí: salario. Pode um negocio deste!
·           Que a proclamação da Republica foi um golpe militar em represália aos “terríveis”  abolicionistas de sangue-azul, igual ao nosso! Vê se pode? A mulher decretou o fim de nossas propriedades! E agora vem outra. E terrorista! Onde mulher manda a desgraça tá feita..
·           Que Getúlio Vargas foi o governo que mais garantiu direitos civis, a corja....
·           Que não existe mais no português o !certo” e nem o “errado”. Como nos diferenciaremos?
Nosso dinheirinho que poupávamos na Suíça e Paraísos Fiscais, em nome do Brasil se esvaindo. .... Para as favelas e o  Nordeste.
Buá! Buá!  Buá! Buá!
Chora! Chora! Barões  e Coronéis!
E o pior, mais pobre inscrito no ENEM para pagar a faculdade com financiamento público.
ENEM, faculdade, financiamento... “Público”! Antes era nosso. Agora quer dizer “de todos”?
Mas que horror, agora esta multidão de sócios.
Sabe qual foi o contingente nacional que mais cresceu entre os inscritos no ENEM ?
O de Nordestinos!
Vai piorar a agonia dos Barões e Coronéis! Agora morrem! Que horror !
É de lascar!  Já imaginou, amigo ?
 Nordestin(o) pobre! com diploma de engenheiro ?  E Nordestin(a) pobre com diploma de médica ?
 Vai faltar pedreiro. Lavador de carro, garçom, jardineiro, garoto de programa, Empregada doméstica, babá e prostituta.
A Elite brancosa e os saudosistas do coronelismo, vão estrebuchar.
Tem nada não!
Estrebuchem!  Estrebuchem!  Estrebuchem!
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