A DOR é inevitavel, já o SOFRIMENTO é opcional

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

POR QUE OS BARÕES DO CAFÉ (Paulistas) E DA EDUCAÇÃO SÃO CONTRA O HADDAD E O ENEM

O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Stanley Burburinho, o reparador de iniquidades (quem será Stanley Burburinho ?):
SOBRE O HADDAD TENHO ALGUMAS INFORMAÇÕES:


·         o método tri: “onu: metodologia aplicada no enem garante isonomia  mesmo que prova seja reaplicada” – http://migre.me/2anXJ

·         Em 2004, o Enem foi aplicado na Febem pela primeira vez – http://migre.me/27jKd
·         Haddad de 2007 a 2010, em todo o país, já fechou 20 mil vagas em cursos de Direito com avaliação ruim. Barões da educação perderam milhões. Haddad na educação superior à distância, de 2008 a 2010, fechou 3.800 pólos de apoio presenciais inadequados e suspendeu 20 mil vagas. A educação superior à distância é a mina de ouro para os barões por causa escala: baixo custo e possibilidade de aumentar nº de alunos sem precisar de grande infra-estrutura.
·         Os barões não se conformam com regulação na educação à distância. Eles pensavam que o Haddad não mexeria nisso.
·         Na gestão Haddad implantou-se o mais profícuo projeto de EAD público da história, a Universidade Aberta do Brasil (UAB)
·         Meta de Haddad é 50% com ensino superior nos próximos anos. Educação reduz a manipulação pela velha imprensa.
·         Os barões não perdoam o Haddad por isto: “MEC mostra problemas no ensino a distância” -http://youtu.be/E-ByqHDeWK4
·         Haddad revogou a DRU (Desvinculação das Receitas da União), criada por FHC e Paulo Renato, que surrupiou, desde 95, 10 bilhões da educação por ano.

·         Haddad criou o FUNDEB. Fundo que financia não só a educação fundamental como no tempo do Paulo Renato, mas também à educação infantil e educação média.

·         Todos os relatórios de organizações internacionais mostram que o Brasil avançou muito nesta década em educação. Isso incomoda.
·         Nunca houve tantos concursos para professores das universidades federais, graças à expansão do REUNI.
·         Haddad criou o SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) que permite a regulação do setor. O SINAES permite fechar cursos. Sistema privado odeia o SINAES.
·          Haddad fechou cursos à distância da Unicid por falta de qualidade. Deputados não gostaram. Unicid contribui PARA campanhas.
·         Haddad foi o mentor do PROUNI. Foi idéia dele com a esposa quando ele ainda era Secretário Executivo (Vice) do Tarso Genro.
·         Em 2002, as receitas brutas da maior empresa de bebidas do Brasil (AMBEV), e da 2º mineradora do mundo (VALE), estavam pouco abaixo das receitas obtidas no setor de educação privada.
·         Em 2002, as quatro maiores empresas de transporte aéreo juntas, na época, (VARIG, TAM, GOL, VASP), tiveram receita bruta inferior à receita do setor privado de educação superior.
·         Na era FHC, Paulo Renato causou atraso de uma década na educação, diz deputado -http://migre.me/25NeO
·         Paulo Renato distorceu a Lei Darcy Ribeiro. Confundiu “progressão continuada” com “formação de analfabetos”
·         Em 1995, FHC assume e cria a “aprovação automática”. Menos repetentes, mais vagas sem gastar nada.
·         Sessenta países membros da OCDE submetem os estudantes ao ENEM – lá conhecido como teste PISA.
·         Na gestão Haddad, o FIES passou a dispensar fiador. E, se o aluno cursar Medicina ou se tornar professor de escola pública não paga o financiamento – o Estado paga tudo -http://migre.me/26s39
·         Para o ano que vem, o Haddad estabeleceu que o ENEM também será critério para receber financiamento do FIES- http://migre.me/24vxA
·         Institutos federais também usam o ENEM. Previsão de 83 mil vagas públicas para este ano.
·         Com avaliação mais rigorosa, Haddad fechou milhares de vagas de faculdades particulares. Faculdades particulares odeiam o Haddad.
·         Haddad fez o IDEB que deu transparência à avaliação da educação básica. Cada município tem IDEB. Tem prefeito que odeia Haddad por conta dessa transparência.
·         Haddad fechou cursos à distância da universidade Castello Branco por falta de qualidade.
·         Um dos mais recentes embates de Haddad, contra a mercantilização da educação, foi com o todo poderoso Di Genio, do Objetivo.
·         Haddad criou a universidade aberta do Brasil com mais de 200 mil alunos estudando graduação à distância de graça
·         Haddad foi quem começou a distribuição de livros didáticos para o ensino médio em 2005. Antes era só para o ensino fundamental
·         Haddad criou 214 escolas técnicas e as transformou em institutos federais com cursos de graduação e pós-graduação. Especialmente licenciaturas para formar professores.
·         Haddad aumentou o orçamento do MEC de 19 bilhões para 70 bilhões em 2011.
·         Haddad estendeu o ensino obrigatório para nove anos e agora é obrigatório dos quatro aos dezessete anos. Emenda Constitucional.
·         Haddad criou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) com compromisso de metas de qualidade até 2022, firmado por todos os prefeitos e governadores do Brasil. Acordo histórico.
·         Haddad melhorou o IDEB do Brasil de 3.8 para 4.6 em quatro anos. Objetivo é chegar a seis em 2022 (média dos países da OCDE: mais ricos).
·         Haddad mais que dobrou o nº de vagas de ingresso nas universidades federais. De 113 mil para 270 mil.
·         Em 2009, número de novos alunos aumentou 17% em relação a 2008. E os formandos até 2008 são reflexos dos ingressos nas Federais até 2002.
·         A aprovação automática do Paulo Renato inflou índices na Educação Básica, esvaziou salas e dispensou novos investimentos.
·         Análise do Fernando Rodrigues da Folha de São Paulo: “Após Enem, chance de Haddad ficar no governo Dilma é quase zero” – http://migre.me/27HdT
·         OBS: O Haddad não ficará como Ministro da Educação nos próximos quatro anos do governo da Dilma porque em 2013 ele será o Prefeito de São Paulo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AULA DO CAPITALISMO CONTEMPORANEO

Emir Sader
30/11/2010
Os EUA se tornaram uma potência imperial na disputa pela sucessão da Inglaterra como potência hegemônica, com a Alemanha. As duas guerras mundiais – tipicamente guerras interimperialistas, pela repartição do mundo colonial entre as grandes potências, conforme a certeira previsão de Lenin – definiu a hegemonia norte-americana à cabeça do bloco de forças imperialistas.
No final da Segunda Guerra, os EUA tiveram que compartilhar o mundo com a URSS – a outra superpotência, não por seu poderio econômico, mas militar, que lhe dava uma paridade política. Foi o período denominado de “guerra fria”, que condicionava todos os conflitos em qualquer zona do mundo, que terminavam redefinidos no seu sentido no marco do enfrentamento entre os dois grandes blocos que dominavam a cena mundial.
Nesse período os EUA consolidaram seu poderio como gendarme mundial, poder imperial que tinha se iniciado na América Latina e o Caribe e que se estendeu pela Europa, Ásia e África. Invasões, ocupações, golpes militares, ditaduras – marcaram a trajetória imperial norte americana. Montaram o mais gigantesco aparelho de contra inteligência, acoplado a um monstruoso aparato militar.
Terminada a guerra fria, com a desaparição de um dos campos e a vitória do outro, esses mecanismos não foram desmontados. A OTAN, nascida supostamente para deter o “expansionismo soviético”, não foi desmontada, mas reciclada para combater os novos inimigos: o “terrorismo”, o “islamismo”, o “narcotráfico”, etc.
Os documentos publicados confirmam tudo o que os aparentemente paranoicos difundiam sobre os planos e as ações dos EUA no mundo. Eles são a única potência global, aquela que tem interesses em qualquer parte do mundo e, se não os tem, os cria. Que pretende zelar pela ordem norte americana no mundo, a todo preço – com ameaças, ataques, difusão de noticias falsas, ocupações, etc., etc.
Qualquer compreensão do mundo contemporâneo que não leve em contra, como fator central a hegemonia imperial norte americana, não capta o essencial das relações de poder que regem o mundo. A leitura dos documentos é uma aula sobre o imperialismo contemporâneo.
Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP – Universidade de São Paulo.
http://revelandoosilencio.blogspot.com/